JAMES SANDMAN, MEU GRANDE AMIGO


Parte I

Quando James Sandman entrou na sala, pesadas portas de madeira rangeram alto, como se um grande caixão de madeira estivesse sendo arrastado num misto com um ruído semelhante ao ronco da barriga de um gigante, chamando a atenção de quem estava lá dentro. Ele foi tão encarado pelos presentes ali que teria incomodado outra pessoa, mas não a ele, pois não se importava mais com este tipo de coisa.

O Rei que estava sentado no final da sala, em um grande trono de ouro puro, o olhou e depois olhou para o assento ao seu lado, indicando onde ele deveria sentar. O gesto, na verdade, era mais pra mostrar aos presentes quem era o homem que acabara de entrar, e não para Sandman, já que este sabia muito bem seu lugar, uma vez que ele era a Mão do Rei.

James Sandman era alto e negro, e apesar de não lhe ser permitido pelas regras sociais daquela época, vestia belíssimo manto real, com joias e cores destinadas apenas à realeza, e a ninguém mais. Em seu peito, ostentava um cordão de ouro, onde um pingente em forma de um punho fechado, indicando a autoridade investida a ele pelo próprio rei, estava pendurado.

Seguido por olhares aversos à sua presença, ele entrou na sala de queixo erguido, e como havia sido indicado pelo rei, sentou-se ao lado esquerdo dele.

Apesar não gostarem da presença de Sandman, a reunião transcorreu normalmente até o seu final. Porém quando todos saíram, o Senhor da Região dos Rios Nervosos pediu para falar com o rei em particular. O rei aceitou prontamente.

O senhor dos rios parecia estar aborrecido com alguma coisa. 

(NodesBR. 2017.12)


Parte II 
(esse conteúdo está sendo criado agora mesmo... 24.08.2018)

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