As loucas aventuras de Antony, o pistoleiro

Introdução.

A estória abaixo eu já tinha criado mentalmente há um tempo. É uma das que criei para a hora de dormir (sofro de insônia crônica, não exatamente diagnosticada, desde sempre). Ela é apenas um pequeno fragmento da estória principal. E é, na verdade, uma fusão de dois ou mais personagem em um só. E o motivo de tê-la escrito afinal de contas foi que meu amigo Maicon, o Murphy, estava com muito dificuldades em escrever a estória dele, que estava desenvolvendo aos trancos e barros pelo Zap. Aí eu resolvi escrever para mostrar como exemplo e mandar para ele. E assim o fiz. Bom, não ajudou muito. Acho até que passei por boçal exibido que sabe mais que os outros. Mas nunca foi minha pretensão. Bom, não importa. Aqui ficará ela para a posteridade. Caso eu esqueça. Coisa que certamente vai acontecer.

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A criatura entrou cambaleante na sala do trono, deixando atrás de si um rastro avermelhado. Ela tinha um corte profundo no lado esquerdo do pescoço. Com a mão direita ela tentava conter o sangue que corria desenfreado pelo ferimento, escorria por entre os dedos, pelo seu braço, indo até seu cotovelo, de onde pingava incontrolavelmente. Ela, porém, não parecia estar sentindo dor, apenas tentava conter a sangria.

Logo atrás dela, emergiu no mesmo aposento um homem magro de chapéu, responsável pelo lesão na criatura. Seus movimentos eram precisos e friamente calculados, os quais seguiam de forma minuciosa o movimento de sua visão. Em sua mão havia um revolver antigo, um PEACEMAKER – COLT.45, o qual vasculhava o ambiente em busca de um alvo.

Isso não demorou muito, pois logo achou a criatura que, mesmo ferida mortalmente, sorriu ao ver o homem. O pistoleiro, porém, apenas apontou sua pistola para ela, que arquejava agachada ao lado do trono, assustada como um bichinho inocente.

- Por que está sorrindo, criatura maldita dos infernos?

As palavras agressivas do homem não pareceu atingi-la.

- É que você, com essa pistola surrada – disse a criatura apontando para a Colt45 na mão do pistoleiro -, parece um escorpião ordinário que depende de seu ferrão para sobreviver. O que seria de você sem essa coisa, pistoleiro? – disse, recolhendo sua mão e recuando mais um pouco com medo, e sorriu zombeteiro a criatura.

O homem não respondeu, apenas fitava o monstro na penumbra.

Como não obteve resposta, a criatura continuou.

- Eu sou imortal, criatura ridícula. Você não pode me matar.

Dessa vez o pistoleiro não se conteve e deu um meio sorriso, zombando do que o mago havia dito.

- Verdade? Tudo bem. Eu acredito em você. Mas... não é o que todo esse sangue está dizendo. Então, por que está fugindo de mim, Ó imortal mago branco?!

A criatura ia dizer algo em resposta, mas não teve tempo para isso, pois o que aconteceu em seguida foi que o pistoleiro efetuou uma saraivada de balas contra ele. Era um espetáculo seus movimentos: com sua mão esquerda ele engatilhava, com a mão direita ele segura e pressiona a tecla do gatilho da Colt45, velozmente. O nível de precisão era absurdo. Se não fosse os poderes do mago, seu corpo teria ficado todo perfurado de balas.

Dos projeteis que saíram da Colt45, de muitas ele conseguiu se desviar, mas uma munição ou outra passou de raspão ao lado de sua cabeça. Uma delas chegou a cortar sua orela esquerda. O mago se esquivava e pulava de um lado para o outro, parecendo um macaco pulando de um galho para o outro.

Quando o pistoleiro fez uma curta pausa, menos de um segundo, para recarregar a pistola, o mago sorriu, mostrou os dentes com um rosnado e sumiu na escuridão da sala. Mesmo não o vendo mais, o pistoleiro sabia para onde ele havia recuado, tendo efetuado mais três disparos rápidos e sucessivos.

O pistoleiro ouviu o urro do mago quando o último disparo o atingiu em cheio na escuridão.

- Logo nos veremos, pistoleiro. E da próxima estarei livre desta crisalida nojenta. Até logo.

O pistoleiro, ainda com a arma a postos, avançou rapidamente, se aproximando do local onde deveria estar o mago, mas ele havia sumido.



Curiosidade sobre a arma do Pistoleiro.




PEACEMAKER (COLT.45) – A ARMA MAIS USADA NO VELHO OESTE

A arma mais frequentemente usada no Velho Oeste (1850-1890) era a Colt .45, que mais tarde veio a ganhar um apelido irônico de Peacemaker, ou Pacificador, em português.

O nome Peacemaker surgiu nomeadamente por não haver um Xerife sempre presente para ajudar a população em geral e visto que este foi um período com muitos confrontos e as saltos, os donos das quintas precisavam de uma arma para se defender à altura dos agressores, então praticamente toda gente por esta altura possuía uma Colt 45, por ser extremamente fácil de usar e barata e tinha também uma excelente eficácia.

Este revolver em particular, foi também muito usado por uma figura lendária do Velho Oeste, Billy the Kid, que supõe-se a ter adquirido após ter trabalhado para um agricultor inglês chamado John Tunstall, que foi mais tarde assassinado e por quem Billy the Kid jurou vingança.

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