O sonho terrível.


  
Nodes sonhou algo terrível, seu pai estava ferido. E Nodes o carregava para algum lugar, para que ele pudesse melhorar. Acho que o levava para dentro da casa. Tipo o banheiro. O pai vomitava muito. Logo todo aquele vomito virou um tipo de gosma com sangue. Ele sentiu muito nojo. Mas era seu pai e tinha o dever de ajudá-lo. O vomito estava por toda parte. Não havia como conter. Algumas partes da casa tinha pequenas poças disso. Agora tudo aquilo tornou-se como uma pequena enchente que corria por todo o prédio. Nodes sentiu uma mistura de nojo e pena de seu pai.

    Algo que Nodes não queria aceitar, e queria ao mesmo tempo, era que seu pai estava morrendo. E de certa forma, por não podê-lo ajudar, e não querendo ajudá-lo também, ele sentiu culpa com um misto de alegria doentia.

   Quando olhou sei pai de costas, enquanto entrava numa sala escura, em algo que parecia ser um banheiro masculino, o pai virou algo medonho e alienígena. Era um tipo de criatura espacial. Nodes achou que devia ser por causa do vomito que o havia desidratado e sugado suas forças. O pai andava de forma muito estranha, andava como um zumbi ferido.

    A esposa de Nodes, Rosinha Soares, que dormia no chão da sala, agora flutuava em meio às águas fluviais do vomito parteno. E dava-lhe a impressão que em algum momento ela iria naufragar. As águas a levaram.

  Apesar de tudo ser tão terrível, Nodes não teve medo. Isso era mais uma visão que um pesadelo.


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