O livro do Apocalipse


Sobre o fim, como o mundo chegou ao seu final, poderiam ter sido escritos inúmeros livros a respeito. Mas não foram. E nem serão. Pois não houve tempo suficiente para isso, ou mesmo quem os escrevesse após a catástrofe.  Mas o que se apresenta a seguir foi o que veio depois, o que sobrou do mundo como o conhecíamos antes.

Uma bosta.

No entanto se sabe, de alguma forma, que quem detonou o mundo foi nós mesmo, os humanos. E fizemos isso quase que sem querer, querendo, quando usávamos carro com combustível fóssil mesmo sabendo que ele eram nocivos ao meio ambiente em que vivíamos; quando usávamos energia nuclear e a gastávamos como se tivesse vindo do além, num passe de mágica trazido pela fada azul, e não furtado da natureza; quando jogávamos lixo nos rios e nas ruas e culpávamos o poder público por não os limpar; quando deixamos de amar o próximo como a nós mesmos, como ditava a bíblia cristã, agora perdida nos anais da história; e quando enchemos o mundo de leis e obrigações, e nenhum dever. Este último sendo o pior de todos, pois foi ele quem deu poder às pessoas erradas para isso, nossos algozes finais: os políticos.

Aí foi onde realmente erramos, na política, na escolha de nossos representantes no poder. Não que um simples voto em uma pessoa específica fosse realmente mudar o mundo, porque não iria. Pois os partidos, que eram os principais venenos da política naquela época, e não as pessoas votadas, estavam corrompidos e sujos na lama de seus criadores, contaminando cada recém chegado assim que chegavam. E quando assumiam o poder, ao invés de fazerem o certo, que seria eliminar os podres e prezar pelo  correto, apenas fechavam os olhos e mamavam na mesma teta da leitoa imunda, assim como tinham feito seus antecessores, enchendo o bucho com a desgraça do povo e das demais coisas controladas pela política - tudo.

No final, quando alguém pensou no que tais atitudes de seus representantes estavam causando ao mundo, já era muito tarde e não havia mais o que fazer. O mundo estava fodido mesmo. Ponto final. O que vem a seguir poderia ter sido evitado se não fôssemos tão burros e egoístas, se não tivesse o defeito de olhar apenas para o nosso próprio rabo. E mesmo este mundo pode estar condenado. Ou não. Isso vai depender outra vez de nós - é o fim mesmo.




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