Orações Subordinadas Adjetivas

As Orações Subordinadas Adjetivas são aquelas que exercem a função sintática de adjetivo.

Geralmente, são introduzidas por pronomes relativos (que, quem, qual, quanto, onde, cujo, etc.), os quais exercem a função de adjunto adnominal do termo antecedente.

Observe as orações equivalentes abaixo:

“Admiro alunos estudiosos” (adjetivo)

“Admiro alunos que estudam” (oração subordinada adjetiva. Isso porque possui a função sintática de um adjetivo, que é atribuir qualidade ao nome).


Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas

As orações subordinadas adjetivas podem ser explicativas ou restritivas.


Orações Subordinadas Adjetivas Explicativas

Separadas por vírgulas, as orações subordinadas explicativas, como o próprio nome já indica, explicam melhor ou esclarecem o termo ao qual se referem.

Exemplos:

O exame final, que estava muito difícil, deixou todos apreensivos.

Oração Principal: O exame final deixou todos apreensivos.

Oração Subordinada Adjetiva Explicativa: que estava muito difícil.

João, que é o mais calmo da turma, surpreendeu a todos.

Oração Principal: João surpreendeu a todos.

Oração Subordinada Adjetiva Explicativa: que é o mais calmo da turma.


Orações Subordinadas Adjetivas Restritivas

Ao contrário das orações explicativas, as orações restritivas restringem ou delimitam o significado de seu antecedente, e não são separadas por vírgulas.

Exemplos:

As pessoas que são racistas merecem ser punidas.

Oração Principal: As pessoas merecem ser punidas.

Oração Subordinada Adjetiva Restritiva: que são racistas.

As pessoas que não praticam esporte costumam ser mais doentes.

Oração Principal: As pessoas costumam ser mais doentes.

Oração Subordinada Adjetiva Restritiva: que não praticam esporte.


Orações Desenvolvidas e Reduzidas

As orações subordinadas adjetivas podem ser desenvolvidas ou reduzidas.

Orações Subordinadas Adjetivas Desenvolvidas

As orações desenvolvidas apresentam as seguintes características:

Iniciam-se com um pronome relativo.

Contêm verbos nos modos indicativo ou subjuntivo.

Orações Subordinadas Adjetivas Reduzidas

As orações Reduzidas apresentam as seguintes características:

Não se iniciam com um pronome relativo.

Contêm verbos no infinitivo, gerúndio ou particípio.


De acordo com as formas nominais usadas, as orações podem ser: reduzida de infinitivo, reduzida de gerúndio ou reduzida de particípio.

Exemplos:

Orações Desenvolvidas Orações Reduzidas

Ele foi o primeiro orador que encantou a plateia. Ele é sempre o primeiro a encantar a plateia. (oração reduzida de infinitivo)

Assisti as atuações dos velhinhos que cantam. Assisti as atuações dos velhinhos cantando. (oração reduzida de gerúndio)

Arrumou o quarto que a criança bagunçou. Arrumou o quarto bagunçado pela criança. (oração reduzida de particípio)


(Autora: Daniela Diana, Professora licenciada em Letras. Fonte, https://www.todamateria.com.br/oracoes-subordinadas-adjetivas/)



PRONOMES RELATIVOS.

Pronomes relativos são os que se relacionam com um termo anterior. Por isso, ao mesmo tempo que desempenham o papel de pronomes, também exercem a função de conectivos.

São eles: que, quem, quando, como, onde e suas variáveis.


Exemplo:

Essa é a lista dos documentos. Os documentos foram destruídos.

Essa é a lista dos documentos que foram destruídos.


Nesse exemplo, o pronome que é relativo aos documentos, o que quer dizer que a oração “que foram destruídos” é uma oração subordinada.


Pronomes relativos

Invariáveis Variáveis

que o qual, os quais, a qual, as quais

quem cujo, cujos, cuja, cujas

quando quanto, quantos, quantas

como

onde


Dentre os pronomes relativos, o pronome que é, sem dúvida, o mais utilizado. É por esse motivo que ele é conhecido como “pronome relativo universal”.

Exemplos

1. que, o qual, os quais, a qual, as quais:

E você era a princesa que eu fiz coroar. (Chico Buarque)

Os temas sobre os quais falamos são bastante complexos.

A Carta de Caminha, a qual inaugura a literatura no Brasil, foi redigida no dia 1º de maio de 1500.


2. quem, cujo, cujos, cuja, cujas

Ela era minha professora, a quem admirei ao longo do meu percurso.

O funcionário, cujo currículo desconheço, foi promovido.

Os trabalhos, cujas interpretações não tenham sido feitas, serão prejudicados.


3. quando, quanto, quantos, quantas

É a hora quando eu consigo parar para pensar.

Comeu tudo quanto tinha vontade.

Farei tantas exigências quantas forem necessárias.


4. como

Não gosto da forma como ele ensina.


5. onde

O lugar é ali onde eu informei.


(Autora: Márcia Fernandes, Professora licenciada em Letras. Fonte https://www.todamateria.com.br/pronomes-relativos/)



Que ou quê

A melhor forma de diferenciar os usos de "que" e "quê" é através da identificação da classificação gramatical que cada um pode exercer.

No entanto, como regra geral, ter em consideração o posicionamento e até mesmo o sentido de tais palavras nas frases, pode ser de grande ajuda.


Uso do que

Início de frase: introduz pergunta ou indica intensidade.

Meio de frase: faz referência a algo/alguém de que/quem já se falou em algum momento anterior.


Exemplos:

Que estrondo foi esse? (função de pronome interrogativo)

Que calor! (função de advérbio de intensidade)

Aquele é o professor que vai nos dar aulas de matemática. (função de pronome relativo)


Uso do quê

Início de frase: indica contrariedade, impaciência, perplexidade, raiva, surpresa, susto, etc.

Meio de frase: significa "algo", "alguma coisa". É acompanhado do artigo indefinido "um".

Fim de frase: finaliza perguntas.


Exemplos:

Quê?! Você só pode estar brincando! (função de interjeição)

Esse menino tem um quê de encantador. (função de substantivo)

As crianças estão precisando de quê? (função de pronome interrogativo)


Quando usar que

Para que o uso do “que” seja aplicado de forma correta, é preciso compreender a função gramatical que ele exerce na frase.

O "que", sem acento, pode ter as seguintes classificações gramaticais: advérbio, conjunção e pronome.


Advérbio

O advérbio "que" é usado para indicar intensidade.


Exemplos:

Que praia bonita!

Que frio!

Que lindo vestido!

Que felicidade poder te rever!

Que prova difícil!


Conjunção

Enquanto conjunção, "que" faz a ligação entre diferentes elementos de uma frase, e pode indicar: explicação, causa, finalidade, concessão, integração, comparação, consequência e tempo.

Exemplos:

Ele disse que viria. (explicação)

Já que estava atrasado, decidiu não entrar. (causa)

Escondeu o rosto para que ninguém o visse chorar. (finalidade)

Mesmo que fosse de graça, eu não iria. (concessão)

Espero que ele não chegue atrasado. (integração)

Luan é mais velho do que Miguel. (comparação)

Andamos tanto que fiquei com dor nas pernas. (consequência)

Assim que eu chegar lá te ligo. (tempo)


Pronome interrogativo

O pronome interrogativo "que" é usado para introduzir perguntas.

Exemplos:

Que horas são?

Que diferença faz?

Que telefone é este?

Que carro você comprou?

Que dia é hoje?


Pronome relativo

Quando exerce a função de pronome relativo, "que" faz referência a algo ou alguém de que ou quem já se falou anteriormente.

Exemplos:

Esse é o computador que acabei de comprar.

Amanhã chega a minha sobrinha que vem do Brasil.

Aquele é o prédio que te falei.

O livro que eu quero está em promoção.

Essa foi a pergunta que ele me fez.


Quando usar quê

Uma forma eficaz de compreender o uso do "quê" é conhecer as funções gramaticais que ele exerce.

O "quê", com acento, é usado como interjeição, pronome e substantivo.


Interjeição

A interjeição "quê" é usada para indicar espanto, admiração, raiva e surpresa, dentre outros.

Exemplos:

Quê? Não acredito que você reservou a nossa viagem dos sonhos! (espanto, admiração e surpresa)

Quê? Ele disse mesmo isso? (espanto e surpresa)

Quê?! Quem te deu autorização para mexer nas minhas coisas? (raiva)


Pronome interrogativo

O pronome interrogativo "quê" finaliza uma pergunta.

Exemplos:

O Paulo te telefonou para quê?

Eles estão falando do quê?


Substantivo

Quando usado como substantivo, "quê" exerce a representação de algo indefinido ou de algo que é difícil.

Exemplos:

A cultura daquele país tem um quê de atraente. (algo indefinido)

Aprender matemática não é impossível, mas tem os seus quês. (algo difícil)

As palavras "que" e "quê" também podem ser acompanhadas de "o". “O que” e “o quê” são expressões formadas por dois elementos separados.

O acréscimo de “o” não causa alteração de significado; apenas atribui ênfase; destaque; realce.

No que diz respeito às regras de uso, "o que" é utilizada no início de frases e "o quê", no final.

Exemplos:

O que houve?

Ele está no quintal fazendo o quê?


Importante

A forma "oque", com os elementos juntos, não existe na língua portuguesa e, por isso, é incorreta.


(Autora: Carla Muniz, Professora licenciada em Letras. Fonte, https://www.todamateria.com.br/que-ou-que/)

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